Alinhamento aos protocolos garante segurança dos servidores envolvidos e dos testes laboratoriais entregues à população
O manuseio de materiais biológicos exige rigor técnico e protocolos atualizados para garantir a segurança dos profissionais e a qualidade dos serviços laboratoriais. Para reforçar essas diretrizes, a Escola de Saúde Pública sedia nesta terça-feira (25) treinamento obrigatório de biossegurança promovido pela Gerência da Qualidade e Biossegurança do Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública).
Durante a programação, estão sendo abordadas questões como classificação de riscos, descarte de resíduos, uso correto de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e novas diretrizes do Ministério da Saúde. A capacitação tem sido ministrada desde a segunda-feira (24), permitindo que os servidores se revezem na participação.
Segundo Luiz Demarchi, diretor-geral do Lacen, a iniciativa integra a política do laboratório de capacitação contínua dos profissionais, especialmente com a chegada de novos servidores. “A atualização garante que todos estejam alinhados com os protocolos mais recentes, reduzindo riscos e fortalecendo a segurança nos processos laboratoriais”, explica.
A gerente de qualidade e biossegurança do Lacen, Rita de Cássia Campos da Conceição, enfatiza que o treinamento reforça conhecimentos essenciais para profissionais de diferentes setores, incluindo terceirizados que atuam na limpeza dos laboratórios. “É fundamental lembrar constantemente os profissionais sobre os riscos e boas práticas para prevenção de acidentes”, pontua.
Além dos aspectos técnicos, o treinamento também trará um olhar sobre a relação entre biossegurança e a Lei de Licitações. Flávia Moreno, gerente de suprimentos do Lacen, explica que a legislação atualizada enfatiza a segurança documental e a aquisição de insumos e equipamentos conforme padrões de qualidade.
Diretrizes de proteção ao servidor e à qualidade dos resultados
A bióloga do Lacen, Débora Albuquerque Dias, que ministrou palestra no evento, destaca que a atualização traz informações cruciais sobre novas classificações de microrganismos e a importância do uso adequado dos EPIs, principalmente diante dos riscos de contaminação por aerossóis. “Precisamos estar sempre atentos às normativas e legislações que regem a biossegurança para garantir a proteção dos trabalhadores e a qualidade dos serviços laboratoriais”, afirma.
Ela detalha que o treinamento aborda não só a história e definições essenciais sobre biossegurança, mas também as atualizações que surgiram após a pandemia, especialmente relacionadas ao SARS-CoV-2 e outros microrganismos com os quais o Lacen trabalha. Ela enfatiza que é preciso sempre manter o cuidado com a contaminação aérea, especialmente devido aos aerossóis, que são partículas extremamente pequenas e, portanto, mais difíceis de controlar. “O uso correto de EPIs é fundamental para garantir a segurança no ambiente de laboratório, com destaque para o uso de óculos, jaleco e a devida prática de assepsia”, afirma.
Débora também ressaltou as mudanças nas classificações de microrganismos e nos níveis de segurança dos laboratórios, que estão sendo reavaliados em função do risco aumentado de aerossóis. “Essas alterações são essenciais para nos manter atualizados e adequados às novas exigências”, explica. Além disso, a bióloga abordou aspectos fundamentais de organização e boas práticas, como o correto descarte de resíduos, a troca de materiais e os procedimentos a seguir em caso de acidentes. “Biossegurança é um campo vasto e exige atenção contínua às normativas, e é por isso que este treinamento é tão importante para a atualização constante de todos os profissionais”, finaliza.
Helton Davis, Comunicação SES